sexta-feira, 26 de junho de 2009

Mensagens para Reflexão



Descobrindo a própria força

Rachel tinha apenas 16 anos quando,certa noite,recolheu-se ao leito, no dormitório da escola, apenas acordando seis meses depois, numa cama de hospital, na cidade de Nova Iorque.Ela sofreu um forte sangramento intestinal que a fez mergulhar num longo estado de coma.Era o fim de sua vida como uma pessoa saudável e o início de uma vida como pessoa portadora de uma doença crônica.Foi nessa época que Rachel se recorda de ter realmente conhecido sua mãe.Até então ela era a profissional que passava longas horas trabalhando.Uma figura passageira que tinha um perfume gostoso e ficava com ela nos finais de semana.Durante os seis meses de seu coma seus pais se tomaram de temores.Ela era a única filha de pais mais velhos e super protetores.O prognóstico médico era sombrio.Se saísse do coma, viveria limitada por uma doença que os médicos não compreendiam nem controlavam.Teria que se submeter a uma série de cirurgias importantes e ,ainda assim, não deveria viver além dos 40 anos.Sem chance de retornar os estudos.Ali, deitada na cama, ouvindo seu pai lhe dizer tudo isso, ela ficou profundamente abalada, mas não importava o que diziam os médicos, seu sonho era voltar aos estudos, à faculdade.Queria ser médica e nada a impediria.“Ah”, disse o pai,”uma coisa impedirá, sim.Não pagarei os seus estudos.”O pai simplesmente tinha medo e não acreditava mais.Foi então que a mãe de Rachel, sem alteração na voz, afirmou: “Eu pago a faculdade.”“E onde você vai arranjar o dinheiro?” – perguntou ele.Ela continuou a falar, dirigindo-se a filha, como se não tivesse escutado: “Tenho uma conta no banco há muitos anos. É toda sua. É para pagar seus estudos.”Vinte e quatro horas depois, a mãe assinara um termo de responsabilidade retirando a filha do hospital, contra a recomendação médica. Tomou um pequeno avião e levou Rachel de volta à faculdade.Nos seis meses seguintes levou a filha todos os dias até a sala de aula, muitas vezes empurrando uma cadeira de rodas, pois Rachel nem sempre conseguia andar. E assim que percebeu que Rachel poderia cuidar de si mesma, a mãe a deixou, mantendo contato diário com a filha por telefone.Os dois anos seguintes foram de muita luta. Rachel não conseguia comer direito e tomava medicamentos fortes. Ela se sentia doente, tinha a aparência alterada e estava doze ou quatorze quilos abaixo do seu peso normal. Mas foi descobrindo uma força que desconhecia. Encontrou uma maneira de viver esta nova vida. Uma maneira de seguir em frente. Em algum tempo com muito esforço, concluiu a faculdade e passou a clinicar.Anos depois, conversando com sua mãe, Rachel pergunto-lhe porque a deixara sozinha em um momento tão difícil da sua vida. Afinal, era a sua única filha.Por que não ficou ao seu lado, protegendo-a e mimando-a?Não ficou com medo do que pudesse acontecer?“Eu temia por você”- disse-lhe a mãe. “Mas temia ainda mais pelos seus sonhos. Se eles morressem, essa doença dominaria a sua vida. Os obstáculos, por mais difíceis que sejam, são para serem superados e, embora em alguns momentos você mesma não acreditasse, eu sabia que você tinha força. Há muitas formas de morrer,Rachel,e a pior dela é permitir que outras pessoas escolham o tipo de vida que você deve levar.A pior morte é permitir que sejam sepultados os seus próprios sonhos”.Amparar alguém,por vezes,é algo muito complexo.Há momentos em que o melhor a oferecer é realmente a nossa proteção.No entanto,acreditar numa pessoa num momento em que ela não consegue acreditar em si mesma tem uma importância toda especial,e a crença verdadeira nessa pessoa pode tornar-se a sua vida.

Nenhum comentário: